ANO NOVO, VIDA
NOVA | Detective Jeremias AI MADRINHA…
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FAZ A PRIMAVERA | A. Raposo HISTÓRIA DA
FAMÍLIA ALCOFORADO | A. Raposo UMA QUESTÃO DE
NOME | Detective Jeremias UMA HISTÓRIA
INACREDITÁVEL | A. Raposo ALICE JÁ NÃO MORA
AQUI | Detective Jeremias O GANG
DOS SEIS | A. Raposo CINEGÉTICA
| Detective Jeremias COMO “HENRIQUE
SER” ATRAVÉS DA ESCRITA | A. Raposo |
O GANG DOS
SEIS A. Raposo Para quem não
saiba e tenha chegado agora a esta aventura, apresento-vos o gang dos seis, composto por quatro meliantes com a escola
toda – cursos intensivos em prisões nacionais e estrangeiras, um sem
cadastro, o Brilhantinas que sabia sempre sair ileso dos assaltos, e a chefe
do gang, amásia, recente do Brilhantinas, mulher de muitas vivências e calor
de algumas camas quentes: a Ambrosina. Ambrosina
aprendera a profissão com o Mãozinhas, recentemente baleado pela P.J. num
assalto mal conseguido no ano passado. Ele ensinara-lhe tudo. Inclusive a
arte de bem amar em fofa cama. O golpe em
causa – o assalto a um banco – tinha tudo para sair certo. Fora pensado ao
pormenor pela Ambrosina, em noites de insónias, com o Brilhantinas e já com o
seu Mãozinhas enterrado, no cemitério da Ajuda. Estava uma
manhã de calor abrasador. O mês de Agosto levara muita gente até à praia e as
agências bancárias estavam a meio gás. Quatro homens
vestidos de diferente forma e apresentação, entraram
com um certo intervalo na agência de Algés do Banco de Lisboa & Açores,
levando cada um duas pastas de cabedal preto. O assalto
decorreu conforme o previsto. As poucas pessoas que estavam na agência, foram gentilmente empurradas para uma sala interior,
incluindo uma senhora de carrinho de bebé. Um carro, com
o quinto elemento aproximou-se da porta do banco e os quatro assaltantes
entraram com as quatro pastas a abarrotar. Tudo levava a
crer que o assalto fora um êxito. Porém, alguém
de telemóvel avisara a polícia do assalto e o veículo com os meliantes não
demorou dois quarteirões a ser cercado pela bófia. Quem avisara a
polícia fora a senhora que fora sequestrada com carrinho de bebé, que
entretanto saíra do banco e seguia lentamente pela avenida abaixo. Os meliantes
mostraram o fruto do roubo: 4 pastas de coiro vazias! A senhora do
carrinho de bebé que ninguém diria que era a cara da Ambrosina por uma figa,
afagava o recém-nascido: 4 pastas gordas cheiinhas de notas, que o gang, de forma dissimulada lá depositara. MORAL DA HISTÓRIA Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão. Fontes: Blogue Repórter de
Ocasião, 4 de Maio de 2025 Borda
D’Água do Conto Curto, Edições Fora da Lei, Ano de 2018 |
© DANIEL FALCÃO |
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