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COMO “HENRIQUE SER” ATRAVÉS DA ESCRITA | A. Raposo

 

COMO “HENRIQUE SER” ATRAVÉS DA ESCRITA

A. Raposo

Henrique Balgina tinha na vida dois grandes objectivos. Ser mundialmente conhecido e ganhar dinheiro através da escrita. No fundo queria ser um escritor que não precisasse de utilizar pseudónimo.

E começou a escrever romances de amor, assinando com o seu nome próprio e a enviar para as editoras os originais para eventual publicação. De volta vinha sempre uma carta muito agradável e cheia de elogios mas com o senão de não poder utilizar aquele nome como autor visto que não era comercial.

Henrique pensou que durante gerações os seus ascendentes acartaram com um nome que sempre defenderam, apesar das conotações desagradáveis, os dichotes e a má-língua.

A coisa tornava-se assim difícil de resolver.

Henrique já lhe cansavam os braços de tanta escrita e esgotara as ideias para novas aventuras amorosas dos seus personagens.

Um dia foi ter com um amigo que estava no ramo teatral e expôs-lhe o caso.

O seu amigo era do peito e de longa data. Calmamente tentou fazê-lo entender que não seria possível meter num cartaz de espetáculos o nome Balgina, apelido do seu amigo.

Henrique foi para casa pensativo e meio convencido, mas sem solução.

Naquela noite teve um sonho.

Tinha escrito uma peça de teatro e vira o cartaz com o elenco e o seu nome em baixo em grossas letras cursivas.

No dia seguinte acordou bem-disposto e dirigiu-se aos “Registos Centrais”. Queria mudar de nome e seguir os trâmites e indicações de seu amigo de infância.

E a coisa resultou em cheio. A novela que escrevera para a Televisão foi aprovada e iria ser filmada brevemente.

O seu autor assinava por Henrique Siriquita.

 

MORAL DA HISTÓRIA

Esta é uma história indecente e sem moralidade.

 

Fontes:

Blogue Repórter de Ocasião, 11 de Maio de 2025

Borda D’Água do Conto Curto, Edições Fora da Lei, Ano de 2018

 

© DANIEL FALCÃO