PÚBLICO – POLICIÁRIO Publicação: “Público” Coordenação: Luís Pessoa Data: 11 de Março de 2012 |
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Campeonato Nacional 2012 Taça de Portugal 2012 Prova 1: Tradicional +
Múltipla Prova 2: Tradicional +
Múltipla Prova 3: Tradicional +
Múltipla Prova 4: Tradicional +
Múltipla Prova 5: Tradicional +
Múltipla Prova 6: Tradicional +
Múltipla Prova 7: Tradicional +
Múltipla Prova 8: Tradicional +
Múltipla Prova 9: Tradicional +
Múltipla Prova 10: Tradicional +
Múltipla |
CAMPEONATO NACIONAL 2012 TAÇA DE PORTUGAL 2012 PROVA Nº 2
(RESPOSTA MÚLTIPLA) ROUBAR, É
FÁCIL! DIFÍCIL, É ESCAPAR DA POLÍCIA! Autor:
Rip Kirby Meus amigos! Permitam-me que me apresente. O meu nome é Norberto de Albuquerque e sou Inspector da PJ.
Fui encarregado pela hierarquia da nossa corporação de substituir o inspector
Eduardo Trindade que recentemente se aposentou. Hoje entrei em acção pela primeira vez como chefe de
brigada. Dados os resultados obtidos posso afirmar que me saí muito bem mas
diga-se em abono da verdade que para o êxito da operação muito contribuiram os detectives que trabalharam com o
inspector Trindade e que agora estão sob as minhas ordens. Nesta conferência de imprensa posso fazer o relato de todos
os acontecimentos que deram origem à nossa operação de hoje, uma vez que o
problema já está resolvido nos seus mínimos detalhes. Havia já algum tempo que, na região, em diversas empresas de
tecnologia avançada vinham acontecendo alguns assaltos que estavam a causar
grandes prejuízos nas empresas lesadas. Devo acrescentar que o êxito desta operação de certa forma
teve a sua origem num acaso. Fomos alertados por uma denúncia anónima de que certo
sucateiro aqui da região estava a negociar com traficantes de droga e que o
seu armazém seria um autêntico depósito de cocaína. A operação de busca foi marcada, no maior segredo, para
hoje. Para ser sincero devo dizer que, tendo em conta o seu objectivo, a
operação foi um autêntico fiasco. Nem um pozinho de cocaína, para amostra,
foi encontrado. No entanto descobrimos outra coisa, descobrimos que o
sucateiro em causa estava a ser o receptador dos produtos que há tempos
vinham sendo roubados na região. Prendemos o homem, que foi interrogado. À nossa primeira pergunta disse-nos que tinha comprado
aqueles materiais a três irmãos que lhe garantiram que nada daquilo era
roubado. Como eles não tinham trazido a mercadoria, ficou combinado que ele
iria a casa deles para a ver e avaliá-la. Foi combinado o dia em que lá devia ir. Foi num dia de
Janeiro do ano passado, lembrava-se muito bem, pois estivera para não ir
devido ao frio que se fazia sentir. Contudo, acabara por ir e passara uma
tarde muito agradável em casa dos rapazes. A lareira estava acesa e a
temperatura era bastante amena, lembrava-se que tinha olhado para um relógio
que tinha incorporado um termómetro e este marcava 20 graus. Depois de se terem demorado algum tempo a conversar, os três
irmãos mostraram-lhe o que tinham para venda. Eram alguns lingotes dos mais
variados metais, uns preciosos mas outros não. Todos os lingotes tinham as
mesmas dimensões, 200x70x50mm e havia ainda cinco caixas de ferro, com a
espessura de 3mm, cheias de mercúrio. As referidas caixas deveriam ter
servido como lingoteiras, pois as suas dimensões
interiores condiziam exactamente com as dos lingotes. Declarou o referido comerciante que, depois de verificar
toda a mercadoria, acedeu a comprá-la e para isso propôs um determinado preço
por quilo, independentemente da qualidade de cada um dos metais. Os três irmãos, António, Alberto e Anastácio, pensaram um
pouco, discutiram entre eles, discutiram depois com o sucateiro mas este
manteve-se irredutível. Ou eles aceitavam as condições dele ou não havia
negócio. Perante a intransigência do negociante os rapazes acabaram por ceder
e aceitaram a oferta que lhes fora feita. O António apresentou para venda
três lingotes de ouro, dez de chumbo e as cinco caixas com mercúrio. O
Alberto tinha dez lingotes de cobre, nove de ferro e nove de níquel.
Finalmente o Anastácio vendeu quatro lingotes de platina, quatro de irídio e
quinze de titânio. Depois de terminado este relato fiquei com vontade de
perguntar ao inspector Albuquerque qual dos três rapazes tinha realizado mais
dinheiro com o seu negócio mas tive receio de ser mal interpretado e resolvi
colocar essa pergunta aos meus amigos policiaristas. A – O António? B – O
Alberto? C – O
Anastácio? D – Todos o
mesmo? |
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© DANIEL FALCÃO |