PÚBLICO – POLICIÁRIO

 

Publicação: “Público”

Coordenação: Luís Pessoa

 

Data: 8 de Abril de 2012

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Campeonato Nacional 2012

Taça de Portugal 2012

 

Regulamentos

 

Prova 1: Tradicional + Múltipla

Prova 2: Tradicional + Múltipla

Prova 3: Tradicional + Múltipla

Prova 4: Tradicional + Múltipla

Prova 5: Tradicional + Múltipla

Prova 6: Tradicional + Múltipla

Prova 7: Tradicional + Múltipla

Prova 8: Tradicional + Múltipla

Prova 9: Tradicional + Múltipla

Prova 10: Tradicional + Múltipla

 

Resultados

 

 

CAMPEONATO NACIONAL 2012

TAÇA DE PORTUGAL 2012

 

PROVA Nº 3 (RESPOSTA MÚLTIPLA)

 

RECORDAÇÕES

Autor: Paulo

 

Remexendo em papéis antigos, encontrei um velho caderno da disciplina de inglês dos tempos de liceu. Entre as suas páginas havia um papelinho misterioso com uma mensagem assinada por um desconhecido John.

Quem era o John e que papel era aquele?

Na década de setenta do século passado eu, o Pedro, o Jorge e o Marco éramos colegas de turma e partilhávamos o gosto do policiário. Adeptos do Mistério Policiário orientado pelo Sete de Espadas, discutíamos os problemas e as soluções num jogo de equipa que normalmente acabava por ter bons resultados. Semanalmente comprávamos o Mundo de Aventuras que devorávamos da primeira à última página. Enquanto eu e o Jorge éramos grandes apreciadores das séries belgas e principalmente de Buck Danny, o Pedro e o Marco gostavam mais do britânico Garth. Sem desprimor pelos desenhadores e argumentistas ingleses, não duvido que a preferência dos dois se devia às figuras femininas e ao erotismo latente que punha em ebulição as hormonas adolescentes que nos faziam andar aos quatro de queixo caído por uma colega de turma, a Marcela, que não nos ligava nenhuma. Mas… ligávamos nós.

Voltando à revista, além do Mistério Policiário, havia uma outra secção que nos fornecia armas para ocuparmos o tempo em algumas aulas. Era a Escola de Espionagem orientada pelo Agente Secreto. Por lá se aprendia a encriptar e a descodificar mensagens.

Com essas competências, nas aulas de inglês, quando não estávamos de olhos presos na jovem professora que insistia em vir para as aulas de minissaia, escrevíamos mensagens uns aos outros.

Embora a assinatura fosse essencial para poder descodificar a mensagem, nunca assinávamos com os nossos nomes nem os colocávamos no texto, de modo que no caso de a professora apanhar o papel e, situação muito improvável, conseguir ler a mensagem, jamais saberia quem a enviou ou quem era o receptor, porque embora a maior parte dos escritos lhe fossem muito elogiosos, suspeitávamos que ela não iria gostar de os ler.

Algumas vezes as mensagens, além da professora de inglês, da Marcela e da banda desenhada, também versavam o futebol. Eramos três benfiquistas contra o sportinguista Pedro. Discutíamos muito futebol e nas nossas argumentações tínhamos por vezes análises e duelos verbais de fazer inveja aos credenciados comentadores que hoje em dia aparecem na televisão a defender cada um dos seus clubes.

Mas, regressando ao motivo que levou à escrita deste texto, fiquei com a curiosidade de saber o que diria a mensagem. A memória já não conseguia chegar ao dia em que fora escrita, para saber se tinha sido eu o autor ou se seria qualquer um dos meus amigos.

Peguei no conjunto das letras, WCWEXLPZXRVZRBNBBDVECWUTLWUPXPLAOWJNISYB, fiz rapidamente uma tabela e comecei a fazer a descodificação.

É como andar de bicicleta, depois de aprender nunca mais se esquece.

Depressa obtive o texto desencriptado, ficando a saber quem o escrevera, e os meus caros leitores, a partir do que está narrado e caso tivessem visto como eu o conteúdo da mensagem, também poderiam saber.

Para terminar este espaço de recordação fica uma pergunta que encontra resposta no texto atrás escrito.

Qual era o tema da mensagem.

 

A – A professora de inglês

B – O futebol

C – A banda desenhada

D – A Marcela

 

SOLUÇÃO

 

 

© DANIEL FALCÃO