Publicação: “Público”

Data: 22 de Maio de 2017

 

 

Campeonato Nacional 2017

Taça de Portugal 2017

 

Provas

 

 

Parte I

1

Parte II

 

 

Parte I

2

Parte II

 

 

Parte I

3

Parte II

 

 

Parte I

4

Parte II

 

 

Parte I

5

Parte II

 

 

Parte I

6

Parte II

 

 

Parte I

7

Parte II

 

 

Parte I

8

Parte II

 

 

Parte I

9

Parte II

 

 

Parte I

10

Parte II

 

 

 

 

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL 2017

 

SOLUÇÃO DA PROVA Nº 3 (PARTE II)

 

O SUBCHEFE PINGUINHAS NO POSTO DE TURISMO

Autor: Inspetor Boavida

 

Na manhã do dia seguinte à ocorrência, com a indispensável e obrigatória presença de um intérprete das várias línguas nativas dos cidadãos envolvidos, as respostas dadas às perguntas que ficaram por fazer devido à dificuldade de comunicação, o subchefe Pinguinhas ficará a saber se a carteira pertence de facto a um dos turistas ou se ela é pertença de alguém que foi alvo de amigos dos bens alheios.

Porém, perante os dados recolhidos no dia da ocorrência, o proprietário da carteira só podia ser o cidadão turco (alínea B), de acordo com o seguinte raciocínio:

A ocorrência teve lugar no início da noite de um domingo (o sorteio da lotaria clássica decorria no dia seguinte – o que acontece às segundas-feiras). A carteira continha um bilhete para esse sorteio, uma aposta do euromilhões para terça-feira e um bilhete para a próxima sessão do espetáculo do Teatro Nacional D. Maria II (o que acontece ao fim da tarde de quarta-feira – não se realizam sessões às segundas e terças-feiras, sendo que a última representação da semana tem lugar ao domingo à tarde).

Face ao acima exposto, o proprietário da carteira em discussão teria de ser alguém que estivesse no nosso país até quarta-feira à noite, pelo menos. E o único destes turistas desavindos com estada prevista entre nós para além daquela noite é o cidadão turco, como se pode concluir nos elementos fornecidos no enunciado do enigma: o cidadão romeno estava em Portugal há cinco dias, o somali e o curdo há quatro, enquanto o turco chegara na manhã da antevéspera da ocorrência (sexta-feira), sendo que todos tinham viagem de saída marcada para sete dias depois da chegada (alojamento reservado por seis noites). Assim sendo, o romeno sairia ao fim da manhã de terça-feira; o curdo e o somali ao meio da tarde de quarta-feira; e o turco ao início da manhã de quinta-feira. E como ninguém compra bilhete para um espetáculo (neste caso, na quarta-feira) se não tiver qualquer possibilidade de o ver… Em conclusão, até melhor esclarecimento do caso, a carteira pode ser do turco e não dos outros três turistas.

© DANIEL FALCÃO