Publicação: “Público”

Data: 17 de Abril de 2016

 

 

Campeonato Nacional 2016

Taça de Portugal 2016

 

Provas

 

 

Parte I

1

Parte II

 

 

Parte I

2

Parte II

 

 

Parte I

3

Parte II

 

 

Parte I

4

Parte II

 

 

Parte I

5

Parte II

 

 

Parte I

6

Parte II

 

 

Parte I

7

Parte II

 

 

Parte I

8

Parte II

 

 

Parte I

9

Parte II

 

 

Parte I

10

Parte II

 

 

 

 

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL 2016

 

SOLUÇÃO DA PROVA Nº 2 (PARTE II)

 

A MORTE DA DONA CIDÁLIA

Autor: Selma

 

A hipótese verdadeira é a 3 – Senhorio.

Pela descrição ficamos a saber que a porta foi arrombada pelos polícias e que estava fechada com duas voltas e a chave não estava na fechadura, local onde a vizinha D. Eleutéria dizia que ficava sempre devido ao medo da vítima de poder ser apanhada por um incêndio e não conseguir fugir a tempo. O inspector viu que a chave estava em cima do aparador, junto da carteira da vítima, onde não faltava dinheiro. O crime não foi para roubar e só poderia ser cometido por alguém de fora se a própria vítima abrisse a porta ao criminoso. Assim sendo, quando ele fosse embora depois do crime, como fecharia a porta à chave, com duas voltas e depois colocava a chave no aparador? Como o único acesso era pela porta, não era possível.

Ficamos também a saber que ninguém teve acesso ao local do crime após o arrombamento da porta, o que significa que nenhum dos suspeitos restantes soube a causa da morte. A D. Eleutéria chega a aventar que teria havido um ataque de coração ou coisa assim. O vizinho mal-humorado não adianta qualquer suspeita, mas o senhorio sabe demais! Ele sabe que foi morta com as facas que tinha na cozinha e até refere que já a tinha avisado para o perigo de se ferir com elas.

O senhorio sabia que a fechadura era a mesma e certamente sabia de todos os hábitos da senhora e tinha uma cópia da chave. Foi ele que entrou na casa, não sabemos se foi a própria D. Cidália que lhe abriu a porta ou se ele, como tinha uma chave, já lá se encontrava quando ela regressou à noite. Cometeu o crime e saiu, pondo a chave da vítima em cima do aparador e fechando a porta com a sua chave.

Como se costuma dizer, pela boca morre o peixe…

© DANIEL FALCÃO