Publicação: “Público”

Data: 12 de Junho de 2016

 

 

Campeonato Nacional 2016

Taça de Portugal 2016

 

Provas

 

 

Parte I

1

Parte II

 

 

Parte I

2

Parte II

 

 

Parte I

3

Parte II

 

 

Parte I

4

Parte II

 

 

Parte I

5

Parte II

 

 

Parte I

6

Parte II

 

 

Parte I

7

Parte II

 

 

Parte I

8

Parte II

 

 

Parte I

9

Parte II

 

 

Parte I

10

Parte II

 

 

 

 

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL 2016

 

PROVA Nº 5 (PARTE II)

 

O ASSALTO AO BOLO DE CHOCOLATE

Autor: Paulo

 

As festas de aniversário das crianças são momentos de grande azáfama para os pais e imensa alegria para os pequenos.

A festa do meu filho Luís não fugiu à regra. Convidou quatro amigos para casa, para entre os gritos correrias e brincadeiras festejar o seu sétimo aniversário.

Enquanto eles se davam à liberdade de saltar entre os diferentes compartimentos e a umas corridas e jogos no pequeno quintal, ia-se colocando uma mesa com algumas guloseimas para o lanche. Havia uma tarte de morango, croissãs, folhados de maçã, um bolo de chocolate e pão com passas. Cinco diferentes produtos para cinco crianças todas com gostos diferentes. Mas… festa é festa, e se era para ter o meu filho satisfeito, havia que ter também os seus amigos contentes, ofertando-lhes as sobremesas de que mais gostavam.

Ninguém se preocupava em controlar o que a pequenada fazia, pelo que não me deveria ter surpreendido quando entrei na sala onde decorreria o lanche e encontrei o bolo de chocolate sem um pedaço, sendo bem visíveis as marcas dos dedos de quem cometera o “assalto”.

Quem teria sido? Sem ver necessidade de recolher à recolha e análise de impressões digitais para deslindar o caso, tentava na minha memória recordar quem vira entrar na sala ou sair.

Eram 20 minutos para as quatro quando vi entrar o Luís, em corrida, escondendo-se de alguém. Ainda lhe fui perguntar se tinha sido ele. Como é óbvio a resposta foi negativa, mas neste caso, eu até já sabia que ele não gostava de chocolate nem morangos.

A Sofia com as suas tranças era mais pequenita. De calções corria e passava por todos sem ser vista. Por acaso eu vi-a sair da sala, mas claro que também disse, com a sua vozita inaudível que não tinha sido ela. Ela, se visse passas à frente, já não queria saber de mais nada.

O Marco e a Raquel eram irmãos. Eu vira-os a rondar a porta da sala, eram quase quatro horas. Também disseram que não tinham disso, eles, até porque a Raquel era alérgica ao chocolate.

Havia ainda a Beatriz que só não gostava de maçãs, ao contrário do Marco que era o único que gostava deste fruto, e foi a primeira que eu vi aproximar-se da sala. Claro que não valia a pena questioná-la sobre o assunto.

Eu até já suspeitava de quem fora o autor. Chamei as crianças todas. Coloquei-as em fila e mandei que me mostrassem as mãos. Lá apareceram uns deditos achocolatados na criança que tinha guardado para si a sobremesa de chocolate. Apenas tinha antecipado o lanche.

Está na altura de perguntar a quem se destinava a sobremesa de chocolate, ou seja, quem fez o assalto ao bolo de chocolate.

 

A – O Marco

B – A Raquel

C – A Beatriz

D – A Sofia

 

© DANIEL FALCÃO