Publicação: “Público” Data: 19 de Abril de 2015 Campeonato Nacional 2015 Taça de Portugal 2015 Provas
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CAMPEONATO
NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL 2015 SOLUÇÃO DA PROVA Nº 2 (PARTE I) A MORTE DE ANÍBAL CALDEIRA – O BANQUEIRO Autor: Sete de Espadas O nosso amigo Sete de
Espadas organizou esta “Morte de Aníbal Caldeira – o Banqueiro” como um
problema aberto e, por isso, não fez a solução oficial, dado que, com aqueles
elementos, era possível optar, com suporte textual, por mais de uma hipótese
de criminoso! Criminoso (a, os), sim,
pois de crime de tratava. E os elementos estão todos lá, sendo esses
pormenores de ordem técnica (objectivos) os responsáveis
pela perda de pontos de bastantes concorrentes. O facto de não ter sido
encontrada, no local do crime, a cápsula que a Star ejectou
(pormenor que escapou a alguns – mesmo totalistas, já que acertaram nos
outros todos), o aspecto do buraco de entrada da
bala, a quase total “limpeza” da sala, a posição do corpo, a arma na mão
(para mais com silenciador), a presença de um silenciador, a porta não
fechada por dentro, o local de entrada do tiro, o aspecto
da cara e da cabeça da vítima, um caco (apenas) de vidro (não pertencente ao
relógio do morto)… tudo isto (pelo menos) indiciava
e provava que não tinha sido suicídio (não nos é referido se a arma continha
– ou não – impressões digitais). Quanto ao criminoso, a
maioria optou pelo Secretário, dado ele ter, aparentemente, mostrado que
sabia demasiado, ao precipitar-se para chamar a polícia, sem se certificar de
que o patrão estava (mesmo) morto e sem que, pelo texto, alguém lhe tivesse
dito a causa da morte! O Criado também recolheu
uma boa dose de suspeição, por ter sido a última pessoa a vê-lo e o corpo ter
sido descoberto com o sangue já coagulado, numa época do ano em que costuma
estar frio. Esta dedução é feita com as reservas de não podermos saber quem
fornece esse elemento (as pessoas que viviam em casa ou a polícia; logo, a
que horas foi constatada a coagulação). O facto de a cozinheira
estar no seu posto à 1 hora e à espera da sobrinha
da vítima, pareceu, também, muito suspeito. Daí, o cenário de uma
cumplicidade (até total) ter sido sugerido… Como muitos disseram, com
tais declarações, todos tinham de ser, cuidadosamente, interrogados de novo,
pois, como alguém disse, com tais elementos nenhum tribunal condenaria
ninguém! Numa coisa estamos todos
de acordo – o móbil do crime: alguém quis fechar a torneira antes que a água
acabasse (ou seja, antes que a ruína do banqueiro fizesse desaparecer o
dinheiro que ele tinha legado)! |
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©
DANIEL FALCÃO |
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