Publicação: “Público” Data: 16 de Dezembro de 2018 Campeonato Nacional 2018 Taça de Portugal 2018 Provas
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CAMPEONATO
NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL 2018 SOLUÇÃO DA PROVA Nº 10 (PARTE II) SÁBADO SANGRENTO Autor: Troll Hipótese
A – Gaspar. O
caderno acaba por ser a chave para decifrar o enigma. A referência de que o
senhor Ribeiro apontava tudo no seu famoso caderno, fez com que o inspector o procurasse e verificasse o que lá era
referido. Assim
ficou a saber que estava programada a visita do seu filho, mas não constavam
as conclusões da mesma, ao contrário do habitual. No entanto, a seguir
relatava o encontro com o contabilista Macário, em que se falava da
contratação nesse dia, de homens para ajudarem na poda das videiras. E é aí
que está o erro, uma vez que a poda das videiras é efectuada
imediatamente antes do Inverno e das geadas, o que é incompatível com a época
em que se passa a nossa acção, ou seja, já com a
Primavera instalada. A
solução passa pela troca de folhas, que como são perfuradas, alguém retirou
de um dia qualquer de Dezembro e colocou no seguimento do dia dos
acontecimentos, parecendo sequencial. Esse alguém, não podia estar muito por
dentro das questões agrícolas, ou não faria tal coisa, até porque não foi
especialmente pressionado, tendo tempo para executar o seu plano. Ajusta-se
como uma luva ao Gaspar, que sabia que o pai ia receber a seguir o
contabilista e por isso resolveu colocar as conclusões desse encontro, que a
acontecer o ilibaria completamente. Este,
para além de estar por dentro de todos os negócios do senhor Ribeiro, não
iria cometer um erro tão básico, se fosse o responsável pelo assassinato,
para além de não beneficiar nada com a situação. O Manel
não parece ter intervenção directa, é o responsável
por verificar portas e janelas no final do dia e assim fez, certificando-se
que tudo estava em conformidade. Não retiraria qualquer benefício em termos
de herança e como não houve qualquer registo de roubo de bens, não parece
existir motivos para o crime, pelo contrário, provavelmente ficaria sem
emprego. O
possível suicídio está fora de questão, porque o escritório foi esquadrinhado
ao milímetro e nada foi encontrado digno de relevo, portanto, não havia
cápsula de munição, que teria de ser inevitavelmente ejectada
pela pistola. O criminoso recolheu-a. |
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©
DANIEL FALCÃO |
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