Publicação: “Público”

Data: 8 de Julho de 2018

 

 

Campeonato Nacional 2018

Taça de Portugal 2018

 

Provas

 

 

Parte I

1

Parte II

 

 

Parte I

2

Parte II

 

 

Parte I

3

Parte II

 

 

Parte I

4

Parte II

 

 

Parte I

5

Parte II

 

 

Parte I

6

Parte II

 

 

Parte I

7

Parte II

 

 

Parte I

8

Parte II

 

 

Parte I

9

Parte II

 

 

Parte I

10

Parte II

 

 

 

 

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL 2018

 

PROVA Nº 6 (PARTE II)

 

QUATRO AMIGOS AO PÔR-DO-SOL

Autor: Zéfrey

 

Como sempre acontecia naquele paraíso perdido algures, no meio de nada ou de tudo, conforme a perspectiva, os quatro amigos e confrades prosseguiam no convívio que os levava ali. As datas relevantes daquilo que os unia há muito e que nem a morte conseguia destruir, eram festejadas com alegria e serviam de pretexto para os encontros.

Por isso, vamos encontrá-los ao pôr-do-sol, com umas cervejas na frente e alguns petiscos, bem à moda dos convívios policiários dos anos 70 e 80 do século XX, quando a camaradagem estava sempre em primeiro lugar e se prolongavam pela tarde fora, muitas vezes noite dentro, com histórias de cortar a respiração e discussões de acordar toda a vizinhança! Esses convívios ocorriam um pouco por todo o país, em animados almoços de confraternização que se prolongavam pela tarde e se iam extinguindo à medida que os confrades originários de locais mais distantes iam regressando à origem, ficando os mais militantes, com menores compromissos ou residentes ao “virar da esquina”.

Agora, vamos encontrar alguns “resistentes” habituais, o Sete de Espadas, o Dic Roland, o KO e o Rip Kirby, em alegre algazarra, trocando “piropos” com duplo sentido, procurando saudavelmente “picar” os seus companheiros de copos e petiscos.

– Não querem ver que o “maçarico” quer mesmo “chamuscar” o mestre? Não faltaria mais nada, não acham?

– Bolas, “boxeur”, lá porque não se cansa de meter fora de combate quem se aproxima de si, não é motivo para fazer essa afirmação. Eu jamais seria capaz de tostar o nosso mestre…

– Já que me tratam por mestre, apetece-me perguntar ali ao nosso “chefe indiano” o que pensa disto tudo. Está muito calado…

– Ui, ui, eu nunca iria pôr as mãos no fogo por

– Lá está! Pôr as mãos no fogo, tostar, chamuscar, anda tudo por aí… É só incendiários!

A gargalhada ecoou nas redondezas, antes de recomeçarem os diálogos inflamados e cúmplices. O fim de tarde estava ameno, no horizonte o céu avermelhava-se dando o sinal de que o novo dia iria ser novamente calmo e quente.

No ar ficava um desafio para identificar os amigos, Sete de Espadas, Dic Roland, KO e Rip Kirby, pelas suas alcunhas…

 

A – Boxeur, Chefe Indiano, Chamuscado, Maçarico.

B – Chefe Indiano, Chamuscado, Maçarico, Boxeur.

C – Chamuscado, Chefe Indiano, Boxeur, Maçarico.

D – Maçarico, Chamuscado, Chefe Indiano, Boxeur.

 

© DANIEL FALCÃO