Publicação: “Público” Data: 1 de Julho de 2018 Campeonato Nacional 2018 Taça de Portugal 2018 Provas
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CAMPEONATO
NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL 2018 PROVA Nº 6 (PARTE I) QUATRO AMIGOS EM 1 DE JULHO Autor: Zéfrey Os
quatro amigos estavam reunidos à mesa, algures num local estranho, que não
conseguimos identificar. Com maior pormenor, a neblina começou a dissipar-se
e as feições de cada um mostraram-se bem nítidas, permitindo o seu
reconhecimento: Um era o
inevitável Sete de Espadas, com a sua cabeleira rala, muito branca, olhos
vivos, sorriso franco; à sua frente, estava o Dic
Roland, detective de vastos recursos, que chegou a
ser chefe da polícia na Índia e que percorria o país em todos os eventos
policiários, como sempre fizera o Sete de Espadas; à direita, sentava-se o
KO, um professor de grande mérito que um dia descobriu que era exímio
decifrador de enigmas policiais e ganhou enorme fama no meio; à esquerda
sentava-se o restante amigo, o Rip Kirby, outro brilhante detective
que seguia todas as movimentações policiais, escrevendo e resolvendo enigmas,
com um gosto especial pelas classificações... Aos
quatro podiam chamar-se os “três mosqueteiros”, que como é sabido eram quatro,
ou como alguém sugeriu, o “bando dos quatro”! Na
verdade, cada qual à sua maneira, eram mestres
venerados e ainda hoje muito amados e respeitados no mundo do Policiário e
que se reuniam no primeiro dia do mês de Julho para comemorar mais um
aniversário do Policiário no PÚBLICO, agora que estavam impedidos de o fazer
pessoalmente. O convite não era só para eles, podiam comparecer todos os
confrades que devido à passagem para este novo lado, quisessem confraternizar
e certamente que ainda iam aparecer mais, mas a esta hora, eram só aqueles
quatro. No do
ano anterior, foram dezenas os presentes e ali, ao contrário deste lado,
ninguém falta! São solidários e firmes nas suas convicções e têm a certeza
que, ano após ano, mais irão chegando, porque isso é uma inevitabilidade. De
história em história, chegaram ao momento em que o Rip
Kirby, entre sorrisos, lançou a “farpa” aos
restantes, lembrando o acontecido na reunião do ano anterior, quando estes
mesmos quatro chegaram ao final do encontro e foram fazer as contas para
pagarem a despesa… –
Lembram-se em nome de quem foi pedida a factura?
Lembram-se? –
Lembro-me que o número do contribuinte correspondia ao nome, letra a letra,
número a número! – recordou o Sete de Espadas. – Ó Rip Kirby, está a lançar
confusão! – referiu Dic Roland com sorriso
malandro. – Pois é
verdade e agora acrescento eu, o número foi o 143792651. – aí estava o KO a
pôr em jogo os seus dotes matemáticos. Naquele
fim de tarde, soaram gargalhadas que ecoaram e se prolongaram por muito tempo,
numa demonstração de que a camaradagem e amizade são mesmo eternas. No ar
ficou a pergunta para ser devidamente justificada: De quem
era o número de contribuinte que ficou na factura? |
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© DANIEL
FALCÃO |
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