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CONCURSO DE CONTOS POLICIAIS

UM CASO POLICIAL NO NATAL

 

O CONTRATO | Fernando A.F. Aleixo

O FANTASMA DO HOTEL INFANTE SAGRES | Bernie Leceiro

A MINHA NOITE DE NATAL | Paulo

PRAZERES DE NATAL | O Gráfico

A PRENDA DE NATAL DA MARTINHA | Paulo

AMEM-SE UNS AOS OUTROS | Inspector Moscardo

YHWH | L. Manuel F. Rodrigues

CHEGARAM OS PAIS NATAIS… | Abrótea

A MORTE DO PAI NATAL… | Paulo

SONHO DE UMA NOITE DE NATAL | Rui Mendes

UM CRIME NA NOITE DE NATAL | Paulo

UM NATAL DOS DIABOS | O Gráfico

EM FLAGRANTE! – SHORT STORY | Investigador Canário

NATAL A DOIS  | Don Naype

FELIZ NATAL | Inspetor Al Vy T

A DEUSA ESCANDINAVA | F. Mateus Furtado

 

UM NATAL DOS DIABOS

O Gráfico

Sempre pensei que o denominado paraíso fosse utopia implementando na nossa imaginação um local de lazer, satisfação, alegria a rodos com divertimento total numa plenitude de paz, sossego e bem-estar envolvidos numa amálgama de desejos superiormente desejáveis para pessoas de mente saudável, apaziguadoras e de bom-senso, um lugar algures.. um extraordinário jardim do Éden. Que fosse, continuando idealizando no meu espírito, um sítio de clima aprazível com abundância alimentar, sem guerras, ódios, doenças, invejas, desconfianças, ciúmes, megalomanias e tudo o mais que nos assola no nosso quotidiano real!

…Afinal, se sempre raciocinei assim… que tudo não passava, na minha aprendizagem de vida, de uma “coisa impossível”… estava redondamente enganado! É que este conjeturado jardim paradisíaco… existe, na realidade! É real e está bem perto do local onde evoluí na minha vida, trabalhando e crescendo como homem, constituindo família, em Almada, Laranjeiro, Feijó… situa-se na Palhota, mais concretamente na União Desportiva da Palhota, Estrada dos Espanhóis, Cruzamento da Palhota, Pinhal Novo. E descobri-o, este paraíso, numa véspera da celebração do último Natal, dia de consoada, penúltimo sábado do ano, 24 de dezembro de 2022, em animado Torneio de Jogos de “Sueca”! Um Clube Desportivo, do Movimento Associativo, que respira e exala todas as excelências referidas nestes meus escritos e que fez com que me sentisse realizado… neste PARAÍSO! E não estou a imaginar porque naquele esplêndido local também os residentes e anfitriões, especialmente, todos os jogadores de “Sueca”, usufruem e partilham dos epítetos e sentimentos mencionados neste texto. É o paraíso que sempre imaginei, não tenho dúvidas. Até o Emblema, Brazão da Coletividade, ostenta meia coroa de louros, símbolo triunfal concedido, na história, com distinção, atribuído aos Generais que venciam as guerras na Antiga Roma, ali, na União Desportiva da Palhota, simbolizada pelos vistosos troféus e outros prémios atribuídos aos Campeões da “Sueca” distribuídos por três classificações: 1.ª Liga, 2.ª Liga e 3.ª Liga.

…Este era um torneio de “Sueca” especial, de Natal, e os vistosos prémios, para os campeões e demais classificados, até ao 5.º lugar, distribuíam-se por uma mesa gigantesca onde não faltava o bacalhau, pernas e pás de porco, cabritos e perus, polvos, galos e galinhas, embalagens de ovos, muitas variedades de queijos, sacos de batatas, torresmos, toucinho fumado, montes de couves, ananases, bananas, laranjas, maçãs, caixas de camarão, vinhos variados e selecionados, caixas de cervejas, whiskies e aguardentes, licores, garrafas de sumos e águas, doces em grande quantidade, de fazer crescer água na boca, tais como filhós, sonhos de natal, fatias douradas, rabanadas, azevias, tronco de natal, bolo-rei, chouriços, morcelas, presuntos, paios e já não sei que mais!

…E para começar a terminar esta mensagem que estou convicto irá deixar os meus Leitores, Amigos e Seguidores pensativos, mas em simultâneo a enlearem-se, felizes, com estas minhas descrições e vivências de menor ou enorme sensibilidade, sempre lhes direi que ali, na Palhota, existe mesmo o paraíso porque na União Desportiva da Palhota, nesta vertente dinamizadora de jogos de “Sueca” superiormente organizada, bem trabalhada e gritantemente sublime na arte e engenho de receber os visitantes outrossim estão lá… os anjos do jardim do Éden, com os nomes de Cheila Alexandra e Nuno Santos autênticos seres espirituais, mensageiros da amizade, protetores, “anjos-da-guarda” que apoiam, beneficiam, favorecem, protegem e patrocinam, de modo generoso, calorosamente quem os visita!

No epílogo desta crónica, ou conto, história… podem chamar-lhe o que quiserem… faço um alerta para dizer que não se trata de uma fábula… eu poderia ainda afirmar que mesmo indo parar à 2.ª Liga, na disputa dos jogos de “Sueca”… tendo como parceiro o meu amigo aventureiro, prazenteiro, Pedro Monteiro… conseguimos obter um honroso Lugar… que se traduziu nuns quantos chouriços e numas farinheiras… não sei se seriam alheiras… como prémios, tesouros que trouxemos para casa, sem antes os distribuirmos pela outra equipa que viajou connosco nesta descoberta e aventura, amigos Manuel Braz e David porque, afinal de contas, todos trabalhámos em equipa!

Numa segunda oportunidade, depois de um intervalo, – para se degustar uns acepipes oferecidos pelos anjos anfitriões, com um moscatel e um magnífico tinto rosé a acompanhar o sabor dos maravilhosos e sublimes pitéus, tudo de enormíssima qualidade e valor, – os jogos demoraram até altas horas da madrugada… com novo parceiro, o amigo José Antunes Caldeira, a sorte sorriu-nos, lá teve de ser… e terminámos campeões de Primeira Liga… a melhor e mais nobre distinção que poderia acontecer a qualquer uma das equipas presentes!

Foi uma festa retumbante! Saltos, abraços, muitos abraços e sorrisos… fotografias e selfies sem parar… afinal o paraíso existe, mesmo! Tinha, ali, a confirmação!

Depois da entrega dos prémios conquistados dirigi-me aos lavabos da sumptuosa Coletividade. Lavei a cara que começava a fumegar… uma realidade! Vi-me nos espelhos! Os meus olhos começavam a ficar vermelhos… já quase não podia disfarçar…

Despedidas e abalei dali… o mais rápido possível… paraíso… qual quê!?

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No dia seguinte, em pleno dia de Natal, o jornal da região, JORNAL DO PINHAL NOVO, o periódico de maior tiragem do Concelho de Palmela noticiava em títulos de parangona que um misterioso incêndio tinha deflagrado na Coletividade União Desportiva da Palhota, durante a madrugada, após os habituais torneios de jogos de “Sueca”! Ardeu tudo!! O edifício que abarcava a exemplar Coletividade ficou em cinzas! Felizmente, perante tal enigmática catástrofe, não houve vítimas… todos se salvaram a tempo!! As averiguações para se descortinar as razões e causas deste infausto acontecimento continuam por apurar…

 

Nota do Autor do Conto:

Esta é uma narração fictícia, numa mistura de realidade e ficção, evidentemente, cujos relatos não devem ser interpretados como se de verídicos se tratassem! O desfecho é somente fruto da imaginação de quem escreveu.

 

Fontes:

Blogue Local do Crime, 20 de Setembro de 2024

Secção O Desafio dos Enigmas [193], …

 

© DANIEL FALCÃO