BLOGUE: CONCURSO
DE CONTOS POLICIAIS UM CASO POLICIAL NO NATAL O
CONTRATO | Fernando A.F. Aleixo O
FANTASMA DO HOTEL INFANTE SAGRES | Bernie
Leceiro A MINHA
NOITE DE NATAL | Paulo PRAZERES
DE NATAL | O Gráfico A
PRENDA DE NATAL DA MARTINHA | Paulo AMEM-SE
UNS AOS OUTROS | Inspector Moscardo YHWH
| L. Manuel F. Rodrigues CHEGARAM
OS PAIS NATAIS… | Abrótea A MORTE
DO PAI NATAL… | Paulo SONHO
DE UMA NOITE DE NATAL | Rui Mendes UM
CRIME NA NOITE DE NATAL | Paulo UM NATAL
DOS DIABOS | O Gráfico EM
FLAGRANTE – SHORT STORY | Investigador Canário NATAL A
DOIS | Don Naype FELIZ
NATAL | Inspetor Al Vy Tã T A DEUSA
ESCANDINAVA | F. Mateus Furtado QUEM
TIROU OS PRESENTES? | Rigor Mortis BASEADO
NUMA HISTÓRIA VERÍDICA | Detetive Jeremias ERA VÉSPERA DE NATAL | Arjacasa |
ERA VÉSPERA DE NATAL Arjacasa Numa pequena
povoação transmontana coberta de neve as ruas estavam decoradas com luzes
coloridas, e as pessoas reuniam-se em suas casas para celebrar a festividade. No largo
principal, a malta mais nova juntou um monte de troncos de árvore e já estava
a arder a tradicional fogueira de Natal, onde depois do jantar se juntavam as
pessoas para confraternizar, até que chegava a hora da Missa do Galo à qual
ninguém faltava. Estava uma
noite mágica, como era habitual todos os anos. Os filhos e os
netos vinham de cidades e países distantes para passar a Consoada e o Natal
com os pais. As mulheres
ainda atarefadas em ter tudo pronto davam os últimos retoques nas sobremesas,
porque a refeição noturna estava pronta para toda a família que se reunia
sempre naquela noite de Consoada. Os homens
tratavam da fogueira para que o calor familiar não fosse prejudicado pelo
frio habitual da época. As crianças
também já tinham acabado de enfeitar a árvore de Natal e colocado as prendas
debaixo dele e estavam muito felizes e ansiosas pela chegada da hora da
abertura dos presentes. Tudo parecia correr
bem e todos estavam felizes. No entanto,
algo de sinistro aconteceu para abalar a tranquilidade do lugar. A pacata
povoação vivia em completa harmonia há anos, sem sequer um único crime
registado. No entanto, naquela noite, um crime aconteceu. O corpo de um homem
foi encontrado na sua casa, um local onde deveria prevalecer o espírito
natalício. O detetive
Morgado, conhecido pela sua dedicação e capacidades de dedução, foi designado
para investigar o caso. Sabendo que a data festiva estava prestes a chegar e
que era importante trazer justiça à comunidade, decidiu começar suas
investigações imediatamente. A vítima,
identificada como Roberto Ferreira, era um renomado escritor de livros
infantis, conhecido por suas histórias encantadoras. Parecia inconcebível que
alguém quisesse fazer mal a um homem tão adorado por todos na cidade. Enquanto
interrogava os moradores, o detetive Morgado, logo percebeu que todos tinham
álibis sólidos para a noite do crime. Ninguém parecia ter motivo algum para
maltratar o Roberto Ferreira ou prejudicar o espírito natalício da povoação. No meio das
pistas escassas, o detetive encontrou um cartão misterioso deixado na casa da
vítima. Nele, havia uma mensagem enigmática escrita à mão: “Feliz Natal, mas
cuidado com as mentiras que se escondem atrás do sorriso. A verdade
encontra-se nas iniciais”. Essa mensagem
deixou o detetive Morgado intrigado. Começou a analisar todas as pessoas
próximas da vítima, procurando por nomes que correspondessem às iniciais
mencionadas. Logo, ele descobriu que apenas duas pessoas se encaixavam: Sara
Teixeira, sua vizinha mais próxima, e Alfredo Martins, um amigo próximo. Determinado a
resolver o caso antes do amanhecer de Natal, o detetive convocou tanto Sara
quanto Alfredo para interrogá-los separadamente. Ambos negaram qualquer
envolvimento no crime, mas as suas reações nervosas levantaram suspeitas. Após uma
meticulosa análise da cena do crime e dos depoimentos dos suspeitos, o
detetive Morgado finalmente desvendou o mistério. Roberto havia descoberto um
segredo sombrio sobre a vida pessoal de ambos os suspeitos e, infelizmente
pagou o preço por isso. Sara e
Alfredo, que estavam envolvidos num relacionamento secreto, eram os
responsáveis pela morte do escritor. Eles temiam que a verdade viesse à tona
e suas reputações fossem arruinadas. Ao revelar
suas motivações e provas contra os suspeitos, o detetive conseguiu trazer
justiça à povoação naquela quadra de Natal. A comunidade, embora abalada,
estava grata por ter o espírito natalício restabelecido e por saber que os
seus lares estavam seguros novamente. E assim, na
véspera de Natal, o detetive Morgado entregou o verdadeiro presente para a
pequena povoação: a tranquilidade de saber que o mal havia sido desmascarado
e que a paz poderia reinar novamente, trazendo um Natal verdadeiramente feliz
para todos. Feliz Natal!! Fontes: Blogue Local do Crime, 20 de Janeiro de 2025 Secção O Desafio dos Enigmas [200], … |
© DANIEL FALCÃO |
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